terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Os teus olhos


As saudades já são imensas
Sinto falta de tudo em ti
Perdoa-me, pelas ofensas
Eu sou assim, não o escolhi

É com muita nostalgia que recordo
Aquele dia em que nos conhecemos
Devo-o a ti, o sorriso com que acordo
Adoro a ternura em que adormecemos

Talvez agora te arrependas um pouco
De me dizer que estrago sempre tudo
Ainda hei de gritar até ficar rouco
E sussurrar "Amo-te", até ficar mudo

Não sei explicar a nossa cumplicidade
É de outro mundo como nos completamos
Despertaste em mim tamanha felicidade
Sou outra pessoa desde que nos amamos

Adoro quando consigo despertar
Aquele encantador "sorriso parvo"
Porém, também gosto de te irritar
Deixando aquele gostinho amargo

O meu obrigado, por seres quem és
Não há nada que queira mudar em ti
Da ponta dos cabelos até aos pés
És a minha princesa, és quem escolhi

Tu és a cura para a minha escuridão
Funcionas como um fogo de artifício
Por isso vem daí e dá-me a tua mão
Cobra-me já o teu "passe vitalício"

Está na hora de eu parar de sonhar
E ir viver contigo os meus sonhos
Uma pergunta agora, para terminar
O que é que dizem os teus olhos?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

No connection at all


From the light, comes the shadow

From the truth, come the worst lies
For my hatred, that I can't swallow
For my happiness, sadness cries

No sympathy, how can it be?
I'm trapped, without any light
I can't even fight, I can't see
Anger: it clouds my line of sight

Having no clue, not a thing
What life is going to bring
I walk alone, even in groups
My curse is unique, it suits

But as I kept wandering around
My weakened spirit has revived
It was broken, by this hell hound
Suffocated, by someone I admired

I lost control over myself, completely
I've never felt as strong or audacious
All of my morals disappeared, briefly
It was shown, who was more tenacious

There are two sides to each coin, right?
Evil lurks inside of every human being
Life will never be just black and white
So here we are, laughing and screaming

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Vestígios


Pedaços de alma, despedaçados

Mergulhados em tamanha acidez
Vestígios de objetivos traçados
Da alheia, mas familiar estupidez

Foram infindáveis, as tempestades
Raríssimos, os momentos pacíficos
Forçado a obliterar contrariedades
Despertou demónios apocalípticos

Apesar de mil e uma dificuldades
Nunca se deixou vencer pelo medo
Imaginou monstruosas atrocidades
Pois o ódio, quase o deixava cego


Bruscamente, num momento triste
Foi forçado a libertar o que sentia
Aterrorizado, o seu irmão assiste
A um horrível, mas necessário dia

A vingança de nada serviu, foi inútil
Prometia muito, mas nada cumpriu
Não passa de um ato egoísta e fútil
O gosto amargo, da alma não saiu

Estes devaneios de um simples tolo
Escritos assim, em simples versos
São silenciosos gritos, de consolo
Desabafos, sobre tempos adversos

O preço a pagar foi deveras doloroso
Permaneceu muitos anos na escuridão
Perdido e à deriva num circulo vicioso
A sua salvação, foi esta nova paixão

Foi então crescendo, exponencialmente
A vontade de aprender mais e melhorar
De partilhar a sua voz com toda a gente
E fazer tudo o que há neste mundo rimar